quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

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Ando escrevendo sem virgulas..Justo eu que gosto tanto de pausas...

Hino.

Onde queres revólver, sou coqueiro
E onde queres dinheiro, sou paixão
Onde queres descanso, sou desejo
E onde sou só desejo, queres não
E onde não queres nada, nada falta
E onde voas bem alta, eu sou o chão
E onde pisas o chão, minha alma salta
E ganha liberdade na amplidão

Onde queres família, sou maluco
E onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon, sou Pernambuco
E onde queres eunuco, garanhão
Onde queres o sim e o não, talvez
E onde vês, eu não vislumbro razão
Onde o queres o lobo, eu sou o irmão
E onde queres cowboy, eu sou chinês

Ah! bruta flor do querer
Ah! bruta flor, bruta flor

Onde queres o ato, eu sou o espírito
E onde queres ternura, eu sou tesão
Onde queres o livre, decassílabo
E onde buscas o anjo, sou mulher
Onde queres prazer, sou o que dói
E onde queres tortura, mansidão
Onde queres um lar, revolução
E onde queres bandido, sou herói

Eu queria querer-te amar o amor
Construir-nos dulcíssima prisão
Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és

Ah! bruta flor do querer
Ah! bruta flor, bruta flor

Onde queres comício, flipper-vídeo
E onde queres romance, rock'n roll
Onde queres a lua, eu sou o sol
E onde a pura natura, o inseticídio
Onde queres mistério, eu sou a luz
E onde queres um canto, o mundo inteiro
Onde queres quaresma, fevereiro
E onde queres coqueiro, eu sou obus

O quereres e o estares sempre a fim
Do que em mim é de mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente pessoal
E eu querendo querer-te sem ter fim
E, querendo-te, aprender o total
Do querer que há e do que não há em mim

Ele...Ela

Ele diz que perdeu amigos...
Ela queria ser bailarina...
Ele queria tudo
Ela não queria o vazio
Ele sentia dor
A dor dele era Ela
Ele amanheceu nublado
Ela escondeu o sol no bolso
Ele escolheu ficar
Ela não se despediu
Eram muitos os sonhos dela
Ele esqueceu os sapatos
Ela chorou
Ele bebeu
Ela se desculpou
Ele disse que ela era linda!
Ela correu p/ fora do abraço
Pra ele o dia era longo demais
Era dEla a caixinha de música
Ele não ouviu
Ela gostava de escrever a lápis
Ele de altas velocidades
Ela decidiu partir
Ele consentiu
Anoiteceu...

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Chove... assim eu não choro só...

segunda-feira, 29 de março de 2010

Ando envelhecendo rápido demais....

quinta-feira, 25 de março de 2010

Era dia ainda escuro quando ela resolveu ir embora, olhou o guarda-roupa, e não quis levar nada, nem os sapatos que tanto gostava, nem a blusa preferida, nem a caixinha de musica, deixou pra trás também a sapatilha que por vezes a acompanhara nas danças mais lindas que ela conhecia... Ela estava indo em direção ao novo, tinha medo, mas decidiu enfrentá-lo. Ela não sabia o que iria encontrar, só sabia que iria partir, estava ainda sem rumo, muitos pensamentos a assaltavam, o coração de encolheu para que ela pudesse alcançar os sonhos que tinha sonhado e esquecido na ultima gaveta do armário da cozinha. Ela olhou pra eles e lembrou-se da menina que sonhava sonhos tão bonitos, ali ela decidiu levar todos, não quis deixar nenhum sonho pra trás... O coração voltou a crescer....

sábado, 16 de janeiro de 2010

Maré

Trabalho esquisito com gente estranha. Uso meu tempo pra escrever, assim não preciso de mascaras, formas exatas, precisas, respostas objetivas pra tudo. Aquela história de menina descolada de são Paulo. Acho meio babaca esta história...
Minha fase é cansada, sozinha, quase uma esquizofrenia aguda de mim...Hoje sem dúvida tenho mais do que tinha, me descubro ainda mais simples, e isso não importa quantos sapatos eu tenha no armário.
O que eu tenho de melhor fica guardado, quase abandonado, esquecido... Tenho medo, confesso, mas acho que é por este medo existir que resisto, ora luto, ora deixo a vida me levar. Não gosto. Aceito. Acho covarde, mas ainda não saberia o que fazer...

Não gosto de muitas opções, me perco e quero tudo, no fim acabo sempre de mãos vazias... Aprendi a não lamentar, fiz escolhas, não preciso tê-las por tempo indeterminado. Tenho decisões a tomar, não agora, to com preguiça estratégica e me deixo assim, inerte. Sabe quando vc não agüenta mais nadar e bóia esperando que o mar te leve a terra firme, pois é. Estou boiando agora... Ainda tenho a velha sensação de relaxamento, mas vez ou outra as ondas chegam e preciso me preparar..